terça-feira, 2 de março de 2010

Shakespeare



The Taming of the Shrew
William Shakespeare


Edição portuguesa:
O Amansar da Fera
Campo das Letras
ISBN: 9789726106739


Sinopse:

Nesta peça, uma das primeiras comédias de Shakespeare, se revela já o talento do escritor e o sentido de oportunidade do dramaturgo nesse contexto histórico e cultural verdadeiramente singular que é o do teatro comercial e popular isabelino. A sugestão italiana, ostensiva nos ambientes e figuras representados ou em convenções estéticas e processos de composição, alia-se harmoniosamente à vivacidade da farsa, à fecundidade da tradição popular e aos gestos livres da herança dramática medieval. De resto, por detrás da cidade italiana do Renascimento, de patrícios respeitáveis ou gananciosos burgueses em arrojada competição, de criados ardilosos, recuperados da comédia greco-latina, e de mulheres destinadas ao mercantilismo das alianças matrimoniais, ferve a pujante Londres urbana e capitalista da última década do século XVI.Mas afinal a referência temática que estrutura a acção é a do estatuto da mulher no sistema social e moral do patriarcado. Cristóvão Finório, o latoeiro e vagabundo, rei por um dia, é presenteado com uma representação em que Catarina, a fera insubmissa, é amansada pela astúcia e persistência de Petrúquio, o domador que triunfalmente a irá reconduzir à ortodoxia da mulher obediente e exemplar. Uma airosa celebração do poder transfigurador da palavra e das virtudes do teatro? Uma perigosa incursão nos limites do cómico e nas fantasias do poder masculino?



Esta peça, uma das mais divertidas, se não mesmo a mais divertida do bardo inglês, é extremamente sexista. Nos dias de hoje, para nos divertirmos e rirmos com ela precisamos de ter sempre presente que a realidade em que ela foi escrita é complectamente díspar da que hoje vivemos... Se assim não for e. principalmente, se o leitor for uma mulher, o sangue irá ferver!!!!

A peça conta as aventuras românticas de duas irmãs; Bianca e Katherine. A primeira, mais nova, é doce, romântica e bela e, tendo a seus pés 3 pretendentes (Lucentio, Gremio e Hortensio) deseja, mais do que tudo, casar-se e "viver feliz para sempre". No entanto há um entrave à felicidade da jovem. O seu pai, Baptista, não pretende perder a sua filha dócil e sensata e, para adiar ao máximo essa inevitabilidade coloca uma condição: Bianca, sendo a mais nova das duas irmãs, só poderá casar depois de a mais velha, Katherine, o ter feito. O problema é que Katherine, a Fera do título, é o oposto da irmã; de ideias próprias e teimosa não consente que lhe tentem ordenar o que fazer, e, com fraca opinião sobre o sexo oposto, não pretende entrar na prisão pessoal de um casamento. Gremio e Hortensio, desejosos da mão de Bianca, decidem procurar e encontrar, eles próprios, um esposo para Katherine. Essa figura surge na pessoa de Petruchio, um nobre sem dinheiro, de Verona, que se deixa seduzir pela ideia do casamento com a fera (ou, mais precisamente, com o dote que irá ganhar do pai dela). Assim sendo, e contra a vontade da jovem (cujo dever, segundo a época, era o de obedecer ao pai), os dois casam-se e vão viver para a propriedade do noivo. No meio da imundice que é a casa de Petruchio, e na companhia dos seus criados (tão, ou mais, sujos e ignorantes que o patrão), Katherine tenta, em vão, fazer prevalecer a sua vontade e viver com a autoridade que aplicava sobre o seu velho pai. Mas Petruchio não a teme como Baptista e através de lições, muitas vezes propositadamente cruéis, começa a "amansar a fera". Na cena final da peça, estando todas as personagens à mesa (incluindo Bianca finalmente casada com o seu amado Lucentio, e Hortensio casado com uma viúva rica . cuja personalidade faz lembrar a de Katherine), Petruchio prova a todos que, no final, a sua esposa é a mais dócil e obediente das mulheres.



Nota 4

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