A Loja dos Suicídios
Jean Teulé
Editora Guerra & Paz
EAN 9789898014900
Sinopse:
É uma lojinha onde nunca entra um raio de Sol. Imagine um negócio de famíliaque envolve a venda de todos os ingredientes possíveis para a prática do suicídio, nas suas mais diversas formas. Corda, pistola, facas, venenos e toda uma panóplia de produtos mortíferos. São cinco as personagens que compõem esta família atípica que gere a loja à várias gerações: os pais, profissionais, comerciantes; o filho primogénito, deprimido crónico mas extremamente criativo no seu domínio; a irmã, exemplo típico da adolescente inadaptada; e finalmente o irmão mais novo, o verdadeiro grão de areia na engrenagem deste comércio lúgubre: é que ele se atreve a sorrir e a ser... optimista. Com uma ambiência digna de um filme de Tim Burton, A Loja dos Suicídios é uma comédia negra futurista que invoca o grande adversário da família Tuvache e do seu sinistro empreendimento: a alegria.
Lucrécia e Mishima são, como tantos outros, pais cheios de expectativas no que diz respeito à sua prole. As suas expectativas é que não são assim tão comuns. Donos da Loja dos Suicídios este casal alimenta a insegurança, depressão e morbidez de cada um dos seus filhos. Bem sucedidos com Vincent, o filho mais velho, anoréctico, depressivo, desenquadrado e propenso a enxaquecas, e com Marilyn, a filha do meio, típica adolescente desajustada, insegura e ressentida... Mas a história é outra quando falamos de Alan, o filho mais novo da família Tuvache... uma verdadeira "ovelha branca"! Desde bebé que Alan se revelou um problema, pois numa família que se orgulha da sua depressão e seriedade, o jovem recebia os clientes com sorrisos e palrava alegremente. Com o passar do tempo, e apesar das inúmeras tentativas por parte dos pais e irmãos para lhe incutir os princípios do negócio, Alan teimava a continuar a receber alegremente os clientes e a despedir-se com um "volte sempre" que ia totalmente contra as regras da casa (que se orgulhava tanto da eficácia dos seus produtos que adoptara como moto "A sua vida foi um fracasso? Connosco, a sua morte será um sucesso!"). Lucrécia e Mishima, desesperados pela alegria e esperança que Alan traz, tentam vergá-lo a todo o custo mas... será a felicidade contagiante?
O livro é pequeno (160 páginas) e dificilmente se poderá considerar um clássico... Mas é um livro que se lê facilmente e que, para quem, como eu, gosta de humor negro, colocará um sorriso nos lábios do leitor e até, talvez, lhe consiga arrancar uma ou outra gargalhada. E, com uma ironia que nos relembra que na vida às vezes as coisas não correm como planeado, o final irá surpreendê-lo.
Nota 3
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