Para as meninas que gostam da trilogia "50 sombras", aqui fica uma foto do actor que foi, esta semana, contratado para o papel de Christian Grey... Que me dizem?
(para quem viu a primeira série do "era uma vez...", é o actor que fazia de huntsman/xerife)
Best-seller internacional e obra pioneira, Fun Home descreve a relação frágil que Alison Bechdel manteve com o pai ao longo da sua infância e adolescência. Na sua narrativa, a história íntima e pessoal de uma família transforma-se numa obre cheia de subtileza e poder.
Exigente e distante, Bruce Bechdel era professor de Inglês e dirigia uma casa funerária - a que Alison e a família chamavam, numa pequena piada privada, a «Fun Home». Só quando estava na universidade é que Alison, que recentemente admitira aos pais que era lésbica, descobriu que o pai era gay. Umas semanas depois desta revelação, Bruce morreu, num suposto acidente, deixando à filha um legado de mistério, complexos e solidão.
Críticas de imprensa
«Uma autobiografia marcante, que tem tanto de romance como de comic; a narrativa é ágil, veemente e mordaz, e o traço descreve um mosaico perfeito que transporta o leitor para o ambiente claustrofóbico da casa da família Bechdel.» ABC
«Uma história elegante, subtil e muito cativante.» Publishers Weekly
«Uma história agridoce da relação entre um pai e uma filha; uma memória cativante, quase dolorosamente franca e com uma riqueza de pormenor impressionante.» New York Times
«Graficamente admirável e poeticamente impressionante.» Stern
«Uma obra-prima.» Village Voice
«Uma autobiografia esplêndida, generosa e inteligente, com uma profundidade e uma ternura que poucos livros conseguem alcançar.» Entertainment Weekly
«Esta memória complexa e intensa é uma declaração de amor não só de uma filha ao seu pai mas também de uma leitora aos livros da sua juventude. Uma obra iluminada por humor, lirismo, inteligência e honestidade emocional.» The Times of London
«Se calhar os fãs de BD têm razão: a melhor literatura do século XXI pode muito bem ser encontrada nos romances gráficos e não-ficção. Fun Home é gráfico no seu conteúdo e no seu estilo, e é um representante admirável deste género literário emergente.» USA Today
«Fun Home está pontuado de compaixão, frustração, arrependimento e amor - sempre com uma ironia literária que nos faz pensar acerca da tarefa quase impossível de sermos fiéis a nós mesmos e àqueles que fizeram de nós quem somos.» Salon.com
«Uma magnífica obra literária.» Welt am Sonntag
«Uma narrativa gráfica de invulgar riqueza, profundidade, qualidade literária e complexidade psicológica.» Kirkus Reviews
«Inteligente, destemido e cheio de humor negro. Uma obra-prima sobre duas pessoas que vivem na mesma casa, mas em mundos diferentes.» Time
Mais uma tentativa, da minha parte, de começar a conhecer melhor esse Mundo que é o das Graphic Novels.
Admito que gostei desta história sobre uma família disfuncional em que a filha, lésbica, descobre (depois de um conflito interior para aceitar a sua sexualidade e da morte/suicídio do seu pai) que o pai que julgava conhecer não existia... que ele era, na verdade, um homossexual reprimido pelas normas sociais em vigor nos EUA e que ela, bem como a mãe, eram figuras numa peça bem encenada para que os outros não descobrissem a verdade.
Achei, no entanto, que a autora foi demasiado áspera com a figura paterna... Sim, ele enganou e dissimulou a sua verdadeira identidade... Mas dificilmente se esperaria algo diferente de quem habitava uma terra pequena nos homofóbicos EUA dos anos 50/60.
Recentemente comentava com um amigo que não percebia os casos de pessoas (minhas conhecidas) que eu sei serem homossexuais e que não o assumem publicamente. O meu amigo concordava que, na nossa era isso já não era problema. Este livro demonstra o porquê de este assunto ainda ser tabu: estamos todos demasiado preocupados em ser o que a sociedade espera de nós, para podermos ser verdadeiramente honestos com nós próprios.
Sabia que José Saramago tinha escrito um livro para crianças (dos 7 aos 77, como costuma dizer-se, porque estes livros, se bem que recomendados para os mais novos, não têm, por assim dizer, "limites de idade") ? "A Maior Flor do Mundo" conta a história de um menino que vai até ao fim do mundo para salvar uma flor. Ou ainda, como diz o Nobel da Literatura, é "uma proposta para as crianças reinventarem outras histórias". As ilustrações são de João Caetano.
Começou um novo ano lectivo e, na livraria onde trabalho (tal como em todas as outras do País, estou certa) as últimas semanas têm sido preenchidas com a correria dos pais, de lista de livros em punho, à procura dos livros de leitura obrigatória para os filhos levarem para a escola. A minha sugestão de hoje, e porque ainda sou uma criança de 34 anos, é o livro infantil de José Saramago constante do Plano Nacional de Leitura (admito que não sei para que ano está direcionado).
"A Maior Flor do Mundo" é, a meu ver, um excelente exemplo de como os livros infantis não têm de ser restritivos e podem (e devem!) ajudar a criança a aumentar os seus conhecimentos linguísticos. O autor começa por falar em como os livros de criança devem ser escritos com palavras simples, e de como ele nunca aprendeu a escrever assim... depois segue-se a sua tentativa de contar uma história... a história que ele contaria se soubesse escrever livros de criança.
Como acho que os pais devem poder ajudar os filhos, e sabendo como é escasso o tempo da maior parte das pessoas hoje em dia, deixo aqui ficar uma belíssima animação, com a história do livro, narrada pelo autor. Espero que gostem!
Edição Limitada.
Publicado em 1915 o Manifesto Anti-Dantas foi uma reacção pública e veemente de Almada Negreiros contra a oposição crítica e conservadora ao movimento modernista português, aqui personificada por Júlio Dantas. A edição que agora se apresenta, da responsabilidade de Sara Afonso Ferreira, inclui uma gravação inédita do Manifesto Anti-Dantas lido pelo próprio Almada Negreiros.
Cá em casa o Manifesto Anti-Dantas é um favorito quer comigo quer com a cara metade. Volta e meia, um de nós pega na obra e partilha em voz alta a genialidade de Almada Negreiros... Outras vezes deixamos que a voz de Mário Viegas nos envolva com as suas exclamações de "Morra o Dantas, morra! Pim!" Esta edição, recente, da Assírio e Alvim, é, para quem como nós adora a obra, uma prenda de Natal antecipada. Não só traz a obra por extenso, como podemos ouvir o próprio Almada Negreiros a declamá-la (o livro traz um cd com a gravação).
Quanto à obra...
É preciso ser-se um génio para com, ironia, inteligência e sarcasmo se deitar abaixo não só um rival literário (Júlio Dantas) como também toda uma geração que o apoia... Gostaria que houvesse agora um Almada Negreiros que abrisse assim os olhos a quem se arrasta no marasmo sem agir contra a situação nacional... Porque, assim diz o poeta:
"Basta pum basta!!! Uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim! Uma geração com um Dantas a cavalo é um burro impotente! Uma geração com um Dantas ao leme é uma canoa em seco!"
Emílio, um bancário reformado, sofre da doença de Alzheimer e é internado num lar de terceira idade. Rodeado de vários outros idosos, cada um com um quadro «clínico» distinto e com uma personalidade bem vincada, vai aprendendo as diversas estratégias para combater o tédio e a erosão da rotina. Ao mesmo tempo, Emílio e os seus companheiros vão tentando introduzir, num quotidiano marcado por medicamentos, refeições, «terapias ocupacionais» e sestas de duração indefinida, alguns vislumbres de encanto e alegria de viver. Paco Roca é um consagrado ilustrador, guionista e autor de comics e novelas gráficas. Nasceu em Valência, em 1969, estudou Belas-Artes e trabalhou brevemente em publicidade, antes de abrir o seu próprio estúdio de ilustração. A sua obra é amplamente louvada pela crítica e encontra-se publicada com sucesso em diversos países. Rugas foi adaptado ao cinema em 2012, e o filme foi galardoado com 2 prémios Goya, incluindo um para Paco Roca pela adaptação da sua obra. As suas ilustrações são publicadas em media de destaque como Babelia e El País.
Uma novela gráfica que tem como principal tema a deterioração humana com a idade. Acompanhamos Emílio na sua entrada num lar da terceira idade e descobrimos, com ele, a sua condição de doente com Alzheimer. Uma temática triste e dolorosa, primorosamente retratada por Paco Roca.
Manhãs Gloriosas - Acordar com a TV nunca foi tão interessante
de Diana Peterfreud
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789898228420
Sinopse:
Notícia de última hora: a ambiciosa produtora televisiva Becky Fuller é despedida de um programa matinal de Nova Jérsia e a sua carreira começa a parecer tão deprimente como a sua vida amorosa. Desesperadamente necessitada de um emprego, mas ainda assim cheia de um optimismo sem limites, Becky promete assentar bem os pés na terra e depara-se com uma oportunidade no Daybreak, um programa matinal que é gravado em Nova Iorque. Os péssimos níveis de audiência são apenas a ponta do icebergue: os produtores executivos raramente sobrevivem ao intervalo publicitário seguinte e as câmaras antiquadas deviam estar num museu. Prometendo ao director da cadeia televisiva que é capaz de reverter a espiral descendente, Becky faz ao lendário apresentador Mike Pomeroy uma oferta que, por contrato, ele não pode recusar. Acrescente Pomeroy com êxito à equipa, mas ele recusa-se a participar nas reportagens mais lamechas de Daybreak e em rubricas sobre celebridades, meteorologia, moda e artesanato. Além do mais, antipatiza imediatamente com a sua igualmente difícil co-apresentadora, Colleen Peck, e tempos vencedora de um concurso de beleza. A única alegria na carreira de Becky é Adam Bennett, um colega produtor maravilhoso, mas a alucinação de Daybreak vem dificultar o seu incipiente romance. À medida que a química entre Mike e Colleen no ar se torna mais explosiva a cada dia, Becky é forçada a lutar para salvar a sua vida amorosa, a sua reputação, o seu trabalho, e, finalmente o próprio Daybreak.
Bem, na verdade gostaria de lhe dar um 3,5 mas, à falta de meios pontos, tenho de me resignar com o 3.
Andava numa fase em que me apetecia ler algo leve, que me permitisse abstrair do trabalho ao mesmo tempo que não me fizesse pensar... Teria de ser algo que, acaso a leitura fosse interrompida pelo meu filhote de 2 anos, eu não perderia o fio à meada. Só havia um problema: não sou grande fã de literatura light e não acho piada às histórias "boy-meets-girl".
Nem de propósito, ao fazer as compras do mês, encontro este livro no hipermercado com 60% de desconto. Pensei "mesmo que não goste, o estrago não é muito grande". E, admito, o enredo passado nos bastidores dos programas informativos da manhã (ou, mais que informativos, de entretenimento) apelaram à (quase) jornalista que há em mim... (note to self: tenho mesmo de acabar os trabalhos finais e trazer o Diploma para casa!!!)
Gostei do livro, que pode, sei-o bem, enquadrar-se no tão detestado estilo light.
A ideia de uma Produtora jovem e inexperiente, desistente universitária, que vive para o emprego mas que acaba despedida por falta de qualificações escolares atraiu-me. O relato de como conseguiu novo emprego e teve de lutar e suar para se provar (aos outros mas, também, a si própria), que teve de convencer um conceituado jornalista a ingressar no seu programa apenas para o ver afundar ainda mais as já de si fracas audiências para, com isso, a obrigar a dar, ainda mais, o litro fez acender em mim a chama do orgulho pessoal de quem não quer deixar o curso a meio. E, claro, o final feliz faz-nos acreditar que a seguir à tempestade vem a bonança (ainda que só por 10 minutos).
E, para quem gosta da temática "girl-meets-boy", claro que também a vai encontrar aqui, não fosse este um livro baseado numa comédia (romântica?)
E, para quem já tanta vez leu um livro aliciada por um filme nele baseado, devo admitir que provavelmente vou acabar por ver o filme que deu origem a este romance... Nem que mais não seja para ver o Harrison Ford no papel do cáustico e irritante Mike Pomeroy.
Era uma vez um coelho de porcelana chamado Edward Tulane. O coelho vivia feliz
com a sua dona, Abilene, uma menina que o adorava mais que tudo! Mas um dia,
Edward perde-se... Kate DiCamillo leva-nos numa viagem extraordinária: Das
profundezas do oceano às redes de um pescador, do cimo de um monte de lixo ao
acampamento de sem-abrigos, da cabeceira de uma criança doente às ruas de
Memphis... Brilhantemente ilustrado por Bagram Ibatoulline.
Gostei mesmo muito deste livro (que comprei há meses para quando o piolhinho for maior). Há uma predisposição para se procurar livros infantis alegres, em que tudo é belo e florido e onde o herói é sempre feliz... Esta obra de Kate DiCamillo não é assim! É a história (a Odisseia) de um coelho de porcelana, egoísta e vaidoso, que vai penar bastante antes de ter o seu "final feliz" (que o há, mas mais difícil de atingir). Mas, nesse percurso penoso e longo, aprende uma lição sem preço... aprende a aceitar o Amor que lhe dão mas, mais importante ainda, aprende a Amar quem lhe quer bem! Sim, é um livro triste às vezes (ele perde-se, fica no fundo do mar, é recuperado, é abandonado, é descoberto por um vagabundo, é atirado para longe, é feito espantalho, é roubado, é adoptado, a sua dona morre, tem a cabeça partida em 21 pedaços,...), mas é uma lição de amor aprendida numa aventura belíssima e magistralmente escrita... Porque as crianças devem aprender que nem tudo na vida vem facilmente... E que o Amor é a maior dádiva do Mundo!