quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A Dama das Camélias





A Dama das Camélias
Alexandre Dumas, Filho



Se viu o filme Moulin Rouge e gostou, então é provável que goste deste livro!

Li-o quando ainda era miúda (tinha p'raí 13 anos) e acredito que o que me chamou a atenção foi a referência, no título, às Camélias (flor importante em Sintra, onde moro), já para não falar que aliava esse factor ao descobrimento de um dos nomes clássicos da literatura (campo que começava a explorar).

A história deste livro é um dramalhão comparável com os contemporâneos livros de Nicholas Sparks (pelo que poderá querer ter um stock de Kleenex à mão).

O enredo da obra centra-se na relação entre a cortesã Marguerite (a Dama das Camélias - nome por que é conhecida devido à sua predilecção por esta flor) e o jovem Armand. Antes de conhecer o jovem, Marguerite é uma das mais pretigiadas cortesãs de Paris (se não mesmo a mais pretigiada) e mantém relações com condes e duques. Ao conhecer o jovem estudante de Direito, Marguerite perde-se de amores por ele, sendo correspondida nesse sentimento. Mesmo sabendo que Armand não lhe poderá proporcionar o estilo de vida a que está habituada, a Dama das Camélias renuncia ao seu estilo de vida para poder viver a sua história de amor. Mas, ao verem-se na penúria e sem o apoio de quem quer que seja, as coisas começam a deteriorar-se entre o casal. Tudo piora quando o pai de Armand, às escondidas do próprio filho, aborda Marguerite e lhe pede que deixe o seu filho para o bem deste (que nunca poderá almejar a ser alguém na sociedade se persistir nesta relação) e da jovem irmã de Armand (que ficará prejudicada socialmente pela desonra do irmão). Marguerite, por amor, aceita. (adoro estes livros em que o vilão, por motivos honrosos, força a desgraça dos demais e em que a jovem, pela grandeza do seu espírito, se sacrifica - não podia ser mais lamechas, mas enfim...)
Armand, julgando-se desprezado por aquela que ama, entra numa depressão... Quando finalmente a volta a encontrar, Marguerite está na companhia de uma outra cortesã e tem novo amante. Despeitado, Armand tenta seduzir a parceira de Marguerite. Esta vai ter com ele para lhe pedir que não seduza outras mulheres à sua frente e os dois acabam por fazer amor. Depois, arrependida por ter faltado à palavra que dera ao pai do homem que ama, abandona-o uma vez mais. Mais magoado que nunca, Armand vinga-se sem dó nem piedade: Num baile aproxima-se da Dama das Camélias e, à frente de todos os convivas, entrega-lhe um envelope cheio de dinheiro "pelos serviços prestados". O que o jovem não sabia era que a cortesã está a morrer, tuberculosa. Mortificada pela acção de Armand e vendo a natureza da sua profissão publicamente revelada, Marguerite, sendo abandonada pelos antigos amantes, morre só e na penúria. Armand saberá, depois da sua morte, através do seu diário, os motivos do seu afastamento e a dor que ele lhe causou pelas suas acções.



Nota 4

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