quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A grande Arte






A grande arte
de Rubem Fonseca
Editor: Sextante Editora
ISBN: 9789720071514
 
 
Sinopse
 
«O assassinato de duas prostitutas, no Rio de Janeiro, que, de início, parece obra de um maníaco sexual, abre uma caixa de Pandora de onde vão brotando, no decorrer de uma ação trepidante, as complexas ramificações de um tenebroso sindicato do crime. A história passa-se em boîtes e bares sórdidos, em sumptuosas mansões do Rio, em vilarejos da fronteira entre a Bolívia e o Brasil, onde reinam a cocaína e o crime, bem como na interminável viagem de um comboio que percorre metade do Brasil com couchettes que rangem sob o peso de casais fazendo sexo.»Do posfácio de Mario Vargas Llosa.
 
 
 
 
O início foi muito promissor... O ritmo, a sequência, o estilo da narrativa; tudo isso contribuiu para que, no princípio do livro, a sensação fosse quase a de se estar a assistir a um filme (tendo em conta que o personagem principal/narrador é um advogado com pretensões a detective, veio-me frequentemente à cabeça a imagem de Warren Beatty enquanto Dick Tracy e a minha mente reportava a acção para os anos 40/50 quando, na realidade, se passava nos anos 80). 
Mas depois, com a entrada na segunda metade do livro, senti que a história perdeu muito... Perdeu aquela rapidez sequencial que lhe conferia o ritmo, perdeu o interesse que nos fazia ansiar pela página seguinte, perdeu, até, a alma da personagem principal que, a partir daí, nos falava enquanto espectador de outras personagens e não como parte integrante da acção.
Gostei do livro, mas senti que faltava continuidade ao estilo inicial e que a história ficaria a ganhar se, no final, houvesse uma surpresa que nos fisesse pensar que, afinal, as coisas não eram bem como pensávamos.
 
 
Nota 3

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