Mulherzinhas
Louisa May Alcott
Louisa May Alcott
Como tantas outras escritoras da sua época, Louisa trabalhou, temporariamente, como perceptora, função que permitia a jovens instruídas, mas de famílias de poucos recursos, ganharem algum dinheiro, para ajudar as famílias, de forma socialmente aceitável. Tendo, no entanto, uma grande preocupação em garantir o sustento da família, trabalho no qual, aparentemente, o seu pai não tinha grande sucesso, Louisa iniciou a sua carreira de autora.
Tendo-se voluntariado como enfermeira durante a Guerra Civil, e tendo sido enviada para casa ao contrair febre tifóide, Louisa May Alcott teve o primeiro contacto com a fama ao publicar Hospital Sketches, em 1863. Como as necessidades financeiras da família exigiam uma maior produção literária da sua parte, escreveu a obra autobiográfica Mulherzinhas, em 1868/69. Baseado nas memórias da autora da sua própria infância, este livro relata as aventuras domésticas de uma família de poucos recursos, mas com uma visão optimista e esperançada da vida, em New England.
Através das histórias das irmãs March (Meg, Jo, Amy e Beth), aprendemos, com elas, que o carácter de alguém é o seu maior tesouro, pelo que se deve sempre aperfeiçoá-lo. Esta foi, na minha infância, uma das minhas bíblias de cabeceira. A minha vivência, no entanto, não tinha nada a ver com o papel limitado das jovens retratadas no romance. Mas negar que as mulheres foram condicionadas dessa maneira é tentar negar uma parte integrante da história feminina. Esta é, na minha opinião, um livro a manter nas bibliotecas das meninas de todas as gerações. Se não como um guia de conduta, pelo menos como uma aula (disfarçada) de um passado não muito distante. E, além do mais, é sempre bom quando, em crianças, conseguimos acreditar que as boas acções são recompensadas.
Nota 4
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