segunda-feira, 25 de maio de 2009

A vida no feminino.




A Cor Púrpura
Alice Walker



Este livro da escritora afro-americana retrata de forma soberba a vida das mulheres negras no pico da era Jazz. Somos levados a testemunhar as diferentes formas de subjugação a que essas mulheres estavam sujeitas.
Temos o caso de Celie, a doce e submissa personagem principal, abusada sexualmente pelo homem que julgava seu pai, afastada dos filhos que dele teve e vendida por este a um homem, para casar, que apenas a via como uma criada da casa e dos filhos durante o dia e sua, na cama, quando à noite assim o decidia.
Presenciamos a secreta subjugação de Shug Avery, cantora de jazz e amante do marido de Celie que, devido à escolha que fez de profissão, se vê colocada de parte pela sociedade.
Conhecemos Sofia, a fisicamente forte esposa do filho do Senhor, o marido de Celie, que se recusa deixar bater ou mesmo abater por qualquer homem, mas não consegue deixar de se sujeitar à branca mulher do presidente da câmara.
Todas estas mulheres têm a sua fraqueza. Todas elas, excepto Celie, têm a sua força desde o início da história. No entanto, mesmo a pequena, fraca e feia Celie descobre a sua força. Pois se há coisa que as mulheres deste romance descobrem, nas relações que mantém entre si e descobrindo, através dos olhos umas das outras, as relações que mantém com os homens das suas vidas, é que a força que necessitam está dentro de si e que a mão de que precisam para as ajudar está na extremidade do seu próprio braço.
Nota 4

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