A Cabana do Pai Tomás
Harriet Beecher Stowe
Público
Harriet Beecher Stowe
Público
Obra de referência na literatura, este livro é, ainda hoje, um marco de uma época negra da história mundial. Retratando a realidade dramática do escravo negro na América do Norte, acabava por espelhar a vida dos negros um pouco por todo o mundo, tendo sido impulsinador da guerra civil que iria levar ao abolicionismo. Casada com Calvin Ellis Stowe, um reverendo e professor de Lane, Harriet ganhava algum dinheiro, necessário, escrevendo para revistas, o que ajudava o casal, que teve 7 filhos, a manter a família na respectabilidade da pobreza elegante. Tendo vivido, durante 18 anos, separada apenas pelo rio Ohio, de uma comunidade onde havia escravos acabou por entrar em contacto com escravos fugitivos. Regressada a New England escreveu a Cabana do Pai Tomás, romance que foi publicado, originalmente, em fascículos, no National Era, um jornal abolicionista. Segundo a autora, a inspiração para o romance surgiu de uma imagem vinda de Deus, dos escravos a sofrer, a serem espancados mas, mesmo assim, perdoando a quem os atormentava... E é, realmente, essa a essência deste livro. Ao lê-lo sentimos na alma a amargura e o desespero dos homens e mulheres que são condenados apenas pela cor da pele. Revoltamo-nos por eles, mesmo quando os próprios não o fazem. Aprendemos com a grandeza da sua personalidade e com o perdão que demonstram. E verificamos que a alma, a essência humana, não tem cor... Mas tem pureza.
Nota 5
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