Condessa d’Edla
Teresa Rebelo
Aletheia Editores
ISBN 989-622-031-X
EAN 9789722517935
Elise Hensler. Mais tarde, Condessa d’Edla. Para uns madrinha de artistas e, ela mesma, artista de mérito próprio. Para outros, era uma mulher sem moral que ousava aspirar ao leito que pertencera à rainha de Portugal. A sua audácia pagou-a cara, com o esquecimento propositado do seu nome dos manuais de história.
Em 1860 Elise Hensler apresentou-se em palco, no Teatro de S. Carlos, envergando um par de calções, no papel de pagem da ópera de Verdi "Um baile de Máscaras". A sua voz não era particularmente boa, mas as suas pernas... As suas pernas tornaram-se o falatório da nação (principalmente depois dela se deixar fotografar com o fato da sua personagem e colocar as fotos à venda em quiosques na capital). Para além de falarem sobre os seus atributos físicos, muitos homens sentiram-se atraídos por eles. Um desses homens foi D. Fernando II, viúvo da rainha D. Maria II.
O romance entre os dois apaixonados pela arte tinha todos os ingredientes de uma grande peça, ou mesmo de uma ópera: diferentes backgrounds, a oposição da família (neste caso, principalmente, de D. Pedro V, filho de D. Fernando II), a crítica da sociedade e a beleza bucólica de Sintra e do Parque da Pena como cenário (sendo um apaixonado pela vila de Sintra e pelo Palácio da Pena – construído sob as suas ordens – D. Fernando construiu no Parque circundante do Palácio um Chalet, que ficaria conhecido pelo Chalet da Condessa, de forma a ter a amada sempre perto de si – mas com a decência social de não ficarem debaixo do mesmo tecto).
Depois da morte do seu primogénito, e após ter conseguido, através de um primo, um título nobiliárquico, D. Fernando II conseguiu, por fim, casar com a mulher que amava. Foi o escândalo!... A revolta!... Mais ainda quando, após a sua morte, D. Fernando deixou tudo o que possuía à esposa... Incluindo o Parque e Palácio da Pena.
Neste livro a autora recolhe os poucos dados que sobreviveram até aos nossos dias sobre a cantora-condessa e, finalmente, ajuda-a a recuperar o lugar na história que é seu por direito.
Nota 3
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