A Mulher de Branco
Wilkie Collins
Romano Torres Editora
Amigo pessoal de Charles Dickens desde 1851 (quando tinha 27 anos) Wilkie Collins partilhava com o conhecido autor um gosto pelo mistério e pelo sobrenatural. Muitas das suas obras, incluindo esta, foram publicadas como folhetins semanais em revistas (incluindo a "All The Year Round" de Dickens), antes de serem publicadas em formato de livro.
Um dos primeiros romances policiais escritos, este livro, mais do que uma história de homicídios e homicidas, é uma obra sobre identidades trocadas e desmaios femininos. Com Anne Catherick, a mulher de branco, a dar o mote à história e ao título com o seu guarda-roupa (des)colorido, que lhe confere um ar misterioso e etéreo, vemos desenrolar perante os nossos olhos amores contrariados, maridos cruéis e jogadas de interesse social e económico.
Com todos os atractivos necessários (dos quais se destaca a novidade do mistério inerente à trama) para captar o interesse e conquistar o público vitoriano, o livro consegue, ainda hoje, manter uma sólida base de fãs.
Recomendo a quem gosta das obras das irmãs Brontë.
Nota 4
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