terça-feira, 6 de outubro de 2009

Pigmalião




Pigmalião
Bernard Shaw
Europa-América



O primeiro contacto que tive com esta história deu-se numa noite nos anos 90 em que, como era meu hábito, liguei a televisão na rtp2 para ver o programa "O filme da minha vida" onde, semanalmente, uma figura pública ia partilhar o filme que mais o/a marcara. A convidada dessa noite era a jornalista Maria Elisa, o filme... "My fair lady". Adorei o filme... Passei dias a cantar "Just you wait, 'Enry 'Iggins, just you wait... You'll be sorry but your sorry will be too late..."

A história, baseada no mito grego de Pigmaleão, relatava a história de um homem que, tendo decidido levar uma vida de celibatário, por não concordar com o papel que as mulheres representavam na sociedade e, mais particularmente, nas relações, acaba por se apaixonar, no mito, por uma estátua por si feita e que representava o ideal da perfeição feminina. No filme a estátua fora substituída pela beleza perfeita de Audrey Hepburn, no papel de uma pobre e pouco culta vendedora de violetas.

Em termos literários, a história da vendedora Eliza Doolittle, do professor de fonética Henry Higgins e do seu amigo (e opositor na aposta de transformar Eliza numa dama - pelo menos linguisticamente) Coronel Pickering, começou com a peça de teatro de George Bernard Shaw "Pigmalião", de 1913.

Esta edição, da Europa-América, é bilingue e, na versão inglesa, tem ainda as ilustrações de Feliks Topolski.

Recomendo a quem gostou do filme ou àqueles que, não tendo paciência para musicais, não querem, ainda assim, passar ao largo de uma boa história.
Nota 4

3 comentários:

  1. Finalmente, consegui inscrever-me no blog!!!! E pronta p opinar sobre este delícioso livro.
    Das primeiras cenas, recordo o dia chuvoso em k mãe e filha ficam retidas, salvo erro, debaixo de um pórtico (terás k compreender alguma inexactidão pq já o li há algum tempo e a minha senilidade avança a passo largo) e enquanto esperam k o irmão??? solucione o problema das mobilizar dali p fora, é descrito um ambiente confuso e a perspicácia de Higgins (sn referenciasses o nome, tratá-lo-ia por prof.) em reconhecer os locais de proveniência das diversas personagens k ali se encontram, através da pronúncia k apresentam. Achei genial o dom desta personagem, um incrível detective das reais origens, algumas delas sendo angustiadamente camufladas de modo a não cobrir de vergonha a Madame X e o Monsieur Y, pelo facto do suposto "berço" n ser o expectável em conformidade c a posição social k ocupam. Este desmascarar proporciona-lhe alguma vantagem pois, sabe algo k outros desconhecem:)E o facto de empreender o "golpe perfeito" fazendo passar Eliza por dama da sociedade, incentivando-a e ensinando-a a falar de outro modo, faz dele um semi-deus. Adorei esta personagem apesar da sua arrogância e indiferença aos problemas e sentimentos alheios.
    Olha li há pco o Deus das Moscas e aconselho-te, caso não tenhas passado os teus olhos por ele.

    Xi Sónia

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  2. Oi miga. Obrigada pelo comentário. Foste a primeira!!! Em relação ao Deus das Moscas tenho uma vaga ideia de o ter lido. Corrige-me se estiver errada, mas... É sobre um grupo de crianças que fica perdido numa ilha e da forma como, com o correr do tempo, com a separação da civilidade e das regras sociais e com a sede de se firmarem como líderes da matilha (achei que a correspondência animal era a mais apropriada à imagem) se vão tornando mais e mais selvagens, com sede de sangue e sem noção do certo/errado. Separam-se em grupos e os bons (os mais fracos) acabam por ser oprimidos (e, eventualmente, assassinados) pelo grupo mais sanguinário. Acho que é isso mas... Agora que falaste nisso deu-me vontade de voltar a ler. Beijufas

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